MIRELLA DOMENICH, em matéria publicada no caderno de EMPREGOS do jornal Folha de S. Paulo de 30.6.2002, p. 2 e 3, informa o resultado de uma pesquisa efetivada pela International Stress Management Association, visando detectar o estresse profissional, inclusive sua fase mais crítica, chamada burnout. O Brasil figura em segundo lugar, superando o dos EUA e Alemanha, em quantidade de seres humanos afetados.

Vale lembrar que o estresse profundo pode levar ao quadro da depressão, com graves efeitos na saúde em geral devido ao rebaixamento das resistências imunológicas e, em casos limítrofes, gerar tentativas de/ou suicídio.

ANA MARIA ROSSI oferece naquela matéria um teste prático, para você Cidadania verificar seu estado atual de estresse !:-(este cidadão marca vinte pontos... atenção ver E.T.I!;-), in verbis:

Na mesma matéria há outra informação de destaque neste hipertexto: a UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, em pesquisa semelhante e específica para Professores(as) de escolas particulares no Brasil, revela que 30% sofrem de burnout - ...imaginem o percentual de burnout na rede pública de ensino...ver E.T. V - o que faz lembrar a seguinte passagem de artigo de PABLO GENTILI, in verbis:

"(....)

Para além das especulações, o certo é que aqueles que fazem da educação seu meio de vida enfrentam hoje alguns problemas que vão mais longe do que a evidente e brutal deterioração das condições salariais. Investigações recentes demonstram que a piora progressiva das condições de trabalho docente tem criado um novo tipo de síndrome que afeta os trabalhadores e as trabalhadoras da educação: o burnout, também conhecido como síndrome de abandono. Diante das dificuldades cotidianas que devem enfrentar na escola, o docente vai sendo encurralado entre o que deseja e o que realmente pode fazer, entre a vitória e a frustração, entre as possibilidades e as barreiras. Nestas condições, o sentido do trabalho docente vai se perdendo, à medida que o desencanto vai se apoderando da ação, enquanto o ceticismo esconde-se atrás de um suposto ‘realismo’ que reconhece que qualquer esforço para mudar é inútil. O burnout é

uma reação à tensão emocional crônica gerada a partir do contato direto e excessivo com os outros seres humanos, particularmente quando estes estão ocupados ou com problemas. O docente se imiscui afetivamente com seus alunos, se desgasta e, em extremo, desiste, não agüenta mais, entre em burnout (Codo 1998, p. 238).

Os componentes do burnout são: esgotamento emocional, despersonalização e falta de compromisso com o trabalho. A síndrome de desistência resume, de forma clínica, a fisionomia de desencanto pela escola.

(....)"

(In: ESCOLA E CIDADANIA EM UMA ERA DE DESENCANTO, EDUCAÇÃO ESPECIAL: MÚLTIPLAS LEITURAS E DIFERENTES SIGNIFICADOS - www.mercado-de-letras.com.br - p. 47-48)

A sugestão para administrar o estresse que funciona com este cidadão e pode vir a funcionar com Você Cidadania é ouvir música, praticar esportes, estudar Filosofia, simular compra e venda de ações em - http://emacao.folha.com.br - planejar (ver E.T. IV) auto-resgate em casos de emergência e/ou recorrer aos serviços profissionais adequados de Psicologia e/ou Psiquiatria.

Pedagogicamente,

Carlos Perin Filho

E.T.'s:

I) Para auto-aplicar o teste, basta atribuir 1, 2 ou 3 para cada questão, conforme o grau de identificação com a situação descrita, sendo 3 a maior identificação e 1 a menor. Após as respostas, somar e verificar: total até 12 pontos representa um estilo de vida não estressante, de 13 a 22 requer atenção para o estresse, e acima de 22 pontos alerta total para o burnout já instalado.

II) Descontadas as crônicas deste Cidadão, desde sua chegada ao planeta Terra em busca de oxi-gênio, em trauma de parto retardado...

III) navegar novamente por

Educação Especial: Múltiplas Leituras
e Diferentes Significados para Você Cidadania (21/06/2002)

IV) Planejar e simular periodicamente o planejado, para funcionar quando em burnout, a exemplo do que fazem os(as) Bombeiros(as)!;-)

V) A greve pode ser um remédio, de fato e/ou de direito, para o burnout, como provam os(as) Alunos(as) e/ou Professores(as) da FFilosofiaLCH, da  www.usp.br , valendo conferir artigo de LEYLA PERRONE-MOISÉS sob o título Para que servem as humanidades ?, no caderno mais! da Folha de S. Paulo, de 30.6.2002, p. 9 e 10.

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