Esportes, Filosofia e Você Cidadania

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Esportes e Filosofia podem parecer campos do saber humano muito distantes entre si, dada a auto-reflexão desta e a ação daqueles, porém - em sede de Seres Humanos - historicamente a relação é íntima, como ensina GOMES TUBINO, in verbis:

"2. EVOLUÇÃO DO TREINAMENTO DESPORTIVO ATRAVÉS DA HISTÓRIA

O Treinamento Desportivo evoluiu através dos tempos, passando por 5 períodos até chegar ao período científico dos dias atuais. Essa divisão em etapas foi sugerida por PEREIRA DA COSTA (1972) e ao ser adotada pelo autor sofreu algumas modificações. A divisão proposta compreende:

1º) O Período da arte

2º) O Período da improvisação

3º) O Período da sistematização

4º) O Período pré-científico

5º) O Período científico

O período da arte - Sem dúvida, foi a Antigüidade Grega que forneceu o maior desenvolvimento, devendo-se este fato ao grande número de jogos, principalmente os Olímpicos, que serviram de inspiração ao Barão Pièrre de Coubertin para a criação das Olimpíadas Modernas. Pode-se dizer, inclusive, que a preparação dos atletas helênicos se compara ao treinamento empregado em nossos dias, pois então como hoje, eles já faziam uma preparação generalizada (corridas, marchas, lutas, saltos etc.), usavam cargas para melhoria do rendimento, tinham preparo psicológico apoiado no sofrimento, utilizavam o aquecimento no início e a volta à calma acrescida de massagens no final das sessões, e já possuíam a exemplo das concepções científicas modernas, os chamados ciclos de treinamento, denominados na época por ‘tetras’, e ainda estabeleciam dietas nos períodos de treinos e provas. Outros pontos importantes a serem registrados são os locais de treinamento dos gregos e a especialização de seus treinadores. Eles utilizavam para seus treinos a ‘palestra’, o ‘gymnasium’, o ‘stadium’ e tinham treinadores especializados, como os ‘pedótribos’ (exercícios e jogos), os ‘xistarcas’ (corridas), os ‘agonistarcas’ (lutas). Essa extraordinária conjuntura de preparação atlética dos antigos gregos pouco difere das linhas gerais seguidas no treinamento desportivo atual.

(....)

Quanto aos romanos, apesar da influência helênica na criação dos ‘Jogos Augustos’ e dos ‘Jogos Capitolinos’ também aproveitaram a ‘arte de treinamento’ dos atletas gregos para as suas escolas de gladiadores, numa deturpação total dos objetivos desportivos daquela época.

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(In: METODOLOGIA CIENTÍFICA DO TREINAMENTO DESPORTIVO, 3ª ed. - São Paulo: IBRASA, 1984, p. 35-36)

Dos Gladiadores Romanos às disputas do poder político por guerras de conquista do Império Romano, as práticas desportivas confundem-se com as elaborações filosóficas sobre a questão da existência do governo, sobre quem deve governar... até os dias atuais, com os treinamentos desportivos das Forças Civis e/ou A®madas desta ou daquela Pessoa Jurídica de Direito Público Político Administrativa.

Vale referir aqui uma cinematográfica curiosidade pessoal deste Cidadão, por ocasião da auto-sugestão de estudar Filosofia, pois tal paraconsistente fenômeno(*) ocorreu durante a prática esportiva que faz no campus da Cidade Universitária da - www.usp.br - em episódio que lembra o filme de ROBERT ZEMECKIS nos estúdios da Paramount Pictures, sob o título FORREST GUMP, pois a vida é como uma caixa de bombons...você nunca sabe o que vai encontrar.

Desportivamente,

 

Carlos Perin Filho

(*) Em Sociologia do Conhecimento vale registrar que este cidadão pensava em gatunamente cursar apenas as matérias introdutórias da maior parte das Faculdades pelas quais literalmente corria, notadamente Matemática, Engenharia, Música, Economia, História e/ou Psicologia e ufa, ufa..., a subida da Biologia, o que levou a pensar em fazer a (ir)responsável "Mãe" de todas elas: Filosofia!;-)

Complexo?

FREUD "quase" (**) explica!

(**) Sobre "quase-verdade", conferir O conhecimento científico / Newton Carneiro Affonso da Costa, 2ª ed. - São Paulo: Discurso Editorial, 1999
- discurso@org.usp.br - ISBN 85-86590-01-0


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