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Sob patrocínio de Você Sábia Cidadania Contribuinte do ESTADO DE SÃO PAULO, o professor VLADIMIR SAFATLE - que já ensinou para este Cidadão que "louco ou não penso, logo existo" - está tentando tratar, digo, ensinar, este neurótico e/ou perverso e/ou psicótico e/ou normal uspiano algo sobre FREUD como teórico da modernidade e os respectivos processos de racionalização e/ou individualização e/ou institucionalização, lá no Franco da Rocha, digo, psicanalítico Departamento Francês de Ultramar.

O objetivo do curso FLF0462 TEORIA DAS CIÊNCIAS HUMANAS III é claro, in verbis:

"Desde o início de sua experiência intelectual, SIGMUND FREUD não se contentou apenas em sintetizar uma clínica da subjetividade, mas procurou criar o quadro de análise para uma teoria das produções culturais e dos vínculos sócio-políticos capaz de levar em conta certas especificidades maiores dos processos de racionalização e socialização na modernidade capitalista. Tal aspiração não passou em branco para a fundamentação de reflexões sobre as conseqüências sociais dos processos de interversão (sic) da razão em dominação tais como as que encontramos em certos momentos maiores da filosofia do século XX, como a Escola de Frankfurt e Michel Foulcault. Este curso visa, pois, apresentar as bases desta teoria psicanalítica da modernidade através do comentário de textos ‘sociológicos’ fundamentais de FREUD. Por sua vez, tais análises serão articuladas tendo em vista certos processos de recepção que permitiram a constituição da crítica da modernidade na Escola de Frankfurt e em Michel Foulcault (principalmente através da temática do biopoder)."

Um dos textos básicos do curso é TOTEM E TABU, sendo a palavra tabu muito usada no dia a dia por Você Cidadania e pela mídia de massa, como provam os seguintes exemplos:

"Noite de terror destrói estádio e tira Corinthians da Libertadores

(....)

Mais que quatro derrotas para o River Plate em mata-matas, o tropeço de ontem teve caráter épico. Jamais o Corinthians tinha perdido para time gringo no Pacaembu em Libertadores. Eram 16 vitórias e um empate. O tabu e o mundo caíram na ‘casa corintiana’.

(....)" (In: Folha de S. Paulo, Reportagem Local, 05.5.2006., p. D-1)

"Advogados viram estrelas da crise e levam até R$ 2 milhões por causa

(....)

Os honorários dos grandes nomes da advocacia brasileira sempre foram um assunto-tabu. Estima-se que não existem contratos inferiores a R$ 1 milhão nos casos mais longos e assumidos pelas grandes bancas. Defesas de bancos e grandes empresas podem ultrapassar R$ 2 milhões.

(....)" (In: O ESTADO DE S. PAULO, Luciana Nunes Leal, 16.4.2006, p. A-4)

O que diria FREUD a respeito do(s) tabu(s)?

Em breves palavras para este hipertexto, segue um parágrafo explicativo, in verbis:

"(....)

O significado de ‘tabu’, como veremos, diverge em dois sentidos contrários. Para nós significa, por um lado, ‘sagrado’, ‘consagrado’’, e, por outro, ‘misterioso’, ‘perigoso’, ‘proibido’, ‘impuro’. O inverso de ‘tabu’ em polinésio é ‘noa’, que significa ‘comum’ ou ‘geralmente acessível’. Assim, ‘tabu’ traz em si um sentido de algo inabordável, sendo principalmente expresso em proibições e restrições. Nossa acepção de ‘temor sagrado’ muitas vezes pode coincidir em significação com ‘tabu’.

(....)" (In: Totem e Tabu e Outros Trabalhos - v. XIII - Rio de Janeiro: IMAGO, 1996, ISBN 85-312-0974-9, p. 37, tradução de ÓRIZON CARNEIRO MUNIZ)

Todo esse "psico-bla´bla´bla´"  para dizer que os honorários advocatícios deste fiel Advogado nas ações populares não devem ser mais um tabu na vida de Você Autônoma Cidadania de Todos os Times, mas sim um noa, ou seja, algo comum ou geralmente acessível. É por esta razão que este Cidadão confere às ações populares ajuizadas o valor simbólico de R$ 100,00 (cem reais), bem como já peticionou diversas vezes para a OAB solicitando uma nova Tabela de Honorários Advocatícios, prevendo diversas novas hipóteses de prestação de serviços advocatícios coletivos (em substituição processual), mas para qualquer Cidadão ou Cidadã, sendo ou não Advogado(a).

Psicanaliticamente,

Carlos Perin Filho

E.T. Potencial Psicanalista, que já sabe escutar Você Cidadania falar, falar, falar na mídia de massa et extra... e depois repetir feito um jus-papagaio, em linguagem jurídica:

I) Quer algumas leituras sobre a Psicanálise e o(a) Psicanalista?

Então confira Figuras da Teoria Psicanalítica, de RENATO MEZAN - São Paulo: EDUSP-ESCUTA, 1995, combinada com A Classe Média no Divã, do mesmo autor, in Mais! Folha de S. Paulo, 07.5.2006. p. 8;

II) Quer algo mais leve e introdutório? Então confira o capítulo 5 (A Psicanálise) do livro PSICOLOGIAS - UMA INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PSICOLOGIA, de ANA MERCÊS BAHIA BOCK, ODAIR FURTADO e MARIA DE LOURDES TRASSI TEIXEIRA, São Paulo: www.editorasaraiva.com.br 2002 (13 ed, reform. e ampl.);

III) A formação psicanalítica é oferecida a médicos(as) e psicólogos(as) graduados e com registro nos respectivos Conselhos Regionais. A aceitação de profissionais de áreas afins ficará a critério da Comissão de Ensino.

Para ser aceito para iniciar a formação, é necessário passar por um processo de seleção que está descrito no site da SOCIEDADE BRASILEIRA DE PSICANÁLISE DE SÃO PAULO - www.sbpsp.org.br -

IV) Eventual Código de Processo Civil Coletivo poderia prever regras gerais de honorários para advocacia coletiva, como já faz o atual Código de Processo Civil em casos individuais. Pode parecer bobagem ou algo de menor importância, mas o problema é análogo ao conhecido pelos(as) Médicos(as), quando surgem novos procedimentos de diagnóstico e/ou terapia não previstos nos Planos de Saúde.