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Sonhar é fundamental,
principalmente quando o sonho é compartilhado
por Você Cidadania |
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MARISTELA BASSO e FABIO FLOH, em artigo
sob o título "O euro e a supranacionalidade",
publicado no jornal - www.gazetamercantil.com.br
- de 16.01.2002, p. A-3, oferece elementos para Você Bela Adormecida Cidadania
sonhar com seu rico dinheirinho no planeta Terra, com destaque para os
seguintes parágrafos inicial e final, in verbis:
"Desde o dia 1º de janeiro, passamos a conviver com a moeda comum
européia, que representa um novo marco histórico, político e econômico europeu, cujos
efeitos se fazem sentir em todos os mercados. A partir de então surgem algumas perguntas,
tanto numa perspectiva de análise interna, sob a ótica brasileira, quanto internacional.
A primeira conseqüência evidente é a maior facilidade para todos que viajam a negócios
ou a turismo para os 12 países onde a moeda já circula, entre eles Alemanha, Bélgica,
Espanha e França. Além dessa, existem outras tantas facilidades. Basta pensarmos que os
contratos internacionais de compra e venda de mercadorias, prestações de serviços,
transferência de tecnologia ou qualquer outro relacionado com os países europeus
poderão ter seus valores fixados em euro, e não mais em dólar.
(....)
Para nós brasileiros, e demais cidadãos do mundo fica mais um exemplo
no sentido de que não há caminho de volta para os Estados que buscam a integração
econômica por meio de um mercado comum. Fica também a lição de que sonhar é
fundamental, principalmente quando o sonho é compartilhado por governantes
comprometidos por acordos internacionais selados pela vontade dos seus cidadãos." (negrito
meu)
Sonhar é fundamental, principalmente quando o sonho é compartilhado
por Você Bela Adormecida Cidadania dentro e/ou fora das Ilhas Society,
valendo lembrar os problemas práticos exemplificados por JOSÉ PASCHOAL ROSSETTI,
repetindo um relato clássico em Economia, in verbis:
"Não param aí, contudo, as dificuldades com que se defrontam as
economias primitivas cujos mercados funcionam à base do escambo. Além dos inconvenientes
representados pela exigência de necessidades inversamente coincidentes e pela longa e
incômoda fixação de escalas de valores entre cada um dos produtos e os demais, há
ainda as insuperáveis dificuldades em que se envolvem os que, pela natureza de suas
atividades, desempenham funções de interesse coletivo. Em La Monnaie et le Mécanisme
de Léchange, JEVONS demonstra essas dificuldades através de um relato que se
tornou clássico: Há alguns anos, Mademoiselle Zélie, cantora do Théâtre Lyrique
de Paris, deu um recital nas Ilhas Society. Em troca de uma ária da Norma e de
outros trechos, deveria caber-lhe a terça parte da receita. Feitas as contas,
verificou-se que lhe caberiam três porcos, vinte e três perus, quarenta e quatro
galinhas, cinco mil cocos, além de considerável quantidade de cachos de bananas e
centenas de limões e laranjas. Em Paris, a venda desses animais e frutas poderia ter
proporcionado uma receita de quatro mil francos. Mas, nas Ilhas Society, não existindo
outras formas de moeda, Mademoiselle Zélie foi forçada a consumir uma parte desses
pagamentos em espécie, alimentando com o restante das frutas os próprios animais que
havia recebido"
(In: INTRODUÇÃO À ECONOMIA, 11ª ed. São Paulo: Atlas, 1985, p.
175-176)
Você Cidadania na União Européia já está sonhando
acordada com seu rico dinheirinho em Euros...
Você Bela Adormecida Cidadania no MERCOSUL ainda não está
sonhando, mas sim tendo pesadelos com seu(s) rico(s) dinheirinho(s). Vale
lembrar que existe um núcleo comum de valores que regeram, regem e regerão o MERCOSUL,
presente no puro e simples escambo ou troca de mercadorias ou serviços, bem como nos
movimentos de dança, num tango de GARDEL.
Sinceramente,
Carlos Perin Filho
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