Aceleração para o tudo de Você Cidadania

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LUIZ FELIPE PONDÉ, em artigo/entrevista com PETER SLOTERDIJK, sob o título "Aceleração para o nada", publicado no caderno mais! do jornal Folha de S. Paulo de 03/03/2002, p. 10-11, oferecem elementos para reflexão sobre o ‘aceleracionismo niilista’ de Você Cidadania, que naturalmente quer tudo, porém por vezes culturalmente se satisfaz com nada, com destaque para as seguintes perguntas e respostas, in verbis:

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Falando em Segunda Guerra e Holocausto, o que acha daquela crítica de que há muita ‘Indústria do Holocausto’ no Holocausto?

Acho que o ponto importante a levar em conta nessa hipótese é se realmente o Holocausto se transformou numa arma nas mãos de alguns membros da comunidade judaica norte-americana e de seus advogados, simplesmente para ganhar dinheiro, e que na realidade tudo isso em nada ajuda as vítimas verdadeiras que realmente ainda existem.

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Esta pergunta e respectiva resposta fazem lembrar a Ação Popular do(s) Nazismo(s) e Ação Popular da Compensação de Escravos(as), Brasil Colônia/Império.

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Você está falando de uma espécie de ‘aceleracionismo niilista’? Isso é interessante, pois um dos ‘grandes valores a agregar’, esse ‘brilhante’ conceito da moda na intelligentsia em ‘business management’, em tudo, hoje, é a rapidez. Estamos indo depressa para o nada?

Pode-se pensar assim mesmo. O objetivo é unicamente passarmos de um grau de aceleração para outro maior, não há nenhuma razão ou ganho humano real nisso.

Não é à toa que a Fórmula 1 se tornou um símbolo.

Correr cada vez mais rápido para nada. Trata-se de uma velocidade vazia.

Você esteve no Brasil na época da morte do Senna, não? Isso ficou marcado para você Como imagem do Brasil?

Sim! E lá vi, na capa de uma espécie de revista ‘Time’ brasileira, uma imagem em que o Senna era crucificado no chassi do carro que o matou. Acho essa uma das críticas mais brilhantes a essa mania de aceleração da nossa cultura. Ele representa de fato o sacrificado em nosso nome.

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Esta pergunta e respectiva resposta fazem lembrar a Ação Popular da FIA.

Tudo isso porque física e/ou culturalmente Ninguém é nada, com a participação especial de Todos(as).

Sinceramente,

 

Carlos Perin Filho


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