PAULO EDUARDO ARANTES, em "Um
Departamento Francês de Ultramar", oferece estudos sobre a formação da cultura
filosófica uspiana, em experiência nos anos 60, com destaque para a contra-capa, in verbis:
"Neste livro Paulo Arantes nos oferece mais do que uma
reconstituição histórica da implantação da filosofia universitária na USP. Para
elucidar o lugar ocupado pela filosofia na formação e funcionamento do sistema cultural
brasileiro, Arantes investiga primeiro o transplante de um conjunto de métodos e
técnicas francesas - através de professores como Jean Maugüé, Gaston Granger e Gérard
Lebrun. Conjugada com outros ingredientes, como o espírito modernista, tal incorporação
possibilitou que, nos anos 60, toda uma geração - Bento Prado Jr., Oswaldo Porchat,
José Arthur Giannotti, Ruy Fausto - viesse a filosofar por própria conta e risco. Armado
de perspectiva crítica, Arantes examina, ponto a ponto, o complexo de acertos e
desacertos deste primeiro movimento orgânico de vida filosófica no Brasil." (Rio de
janeiro: Paz e Terra, 1994)
Vale lembrar em Sociologia do Conhecimento que a influência francesa
na formação filosófica está presente não apenas na Filosofia em si mesma, mas em
todas as demais Faculdades originadas da Filosofia na UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, pois no
começo da história da USP vários professores da Filosofia começaram outros cursos que
deram origem à outras Faculdades (cf. A UNIVERSIDADE E AS PROFISSÕES - Edição ano 2000
- www.usp.br - Pró-Reitoria de Cultura e Extensão
Universitária).
Outro dado de Sociologia do Conhecimento interessante, agora de tempos
mais próximos, é publicado pelo caderno "folha equilíbrio", do jornal Folha
de S. Paulo, de 21/06/2001, com matérias de DANIELA FALCÃO sobre os populares
cafés filosóficos, que possibilitam a discussão de temas do dia-a-dia por
uma ótica não comum, em busca dos fundamentos ou primeiras causas das coisas. Da
matéria é destacado o seguinte parágrafo, in verbis:
"(....)
Abertos a pessoas de todas as idades que não precisam ter formação
filosófica, os cerca de 230 cafés espalhados pelo mundo (mais da metade deles na
França) viraram um espaço para debater questões cotidianas à luz da filosofia, como
faziam os gregos há mais de 2.000 anos.
As reuniões nos cafés são exercícios de cidadania. A
reflexão filosófica sobre o que está por trás de acontecimentos diários que parecem
banais desestabiliza preconceitos e aumenta a capacidade dos participantes de avaliar
adequadamente os acontecimentos, diz a professora de filosofia da USP Olgária
Matos.
A seguir são relacionados os "cafés" publicados na
"folha equilíbrio".
Em São Paulo, Capital:
Café Filosófico da Livraria Cultura
www.livcultura.com.br
Em Santo André - SP:
Filosofia no Cotidiano
www.santoandre.gov.br
Em Salvador - BA:
Café.filosófico
www.e-net.com.br/user/farol/café
Vamos tomar um cafezinho? Você Cidadania - como de costume - paga a
conta...(ver E.T.)
Filosoficamente,
Carlos Perin Filho
E.T.:
Você Cidadania - como de costume - está pagando a conta da Faculdade
de Filosofia da www.usp.br para o Cidadão ser e
seu dever pois navegar ultramar é preciso, viver não é preciso, é uma Arte!;-)
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