ARNOLD SCHÖNBERG?
Nem FREUD explica.
E Você Cidadania?

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JÚLIO MEDAGLIA, em artigo sob o título "Nem Freud explica", publicado no jornal Folha de S. Paulo de 12/07/2001, p. E-8, tece comentários sobre a vida e a obra de ARNOLD SCHÖNBERG, compositor austríaco que combinava sons de uma forma não convencional para os ouvidos de Você Cidadania, pois os doze sons da escala são combinados de forma não tonal.

A Administração Pública de ADOLF HITLER !:-(Aquele... que não queria ser Funcionário Público!;-) não gostou da obra de ARNOLD SCHÖNBERG (judeu), resultando na mudança de SCHÖNBERG para a Califórnia, nos EUA, onde passou a lecionar e compor.

FREUD explicaria a situação?

JÚLIO MEDAGLIA comenta, in verbis:

"(....)

Inconsciente

Freud trazia o obscuro universo do inconsciente à luz do conhecimento (e, no caso, à cura), e Schönberg levava a idéia romântica da representação emocional e da subjetividade na obra de arte às últimas conseqüências. Fazia as angústias do ser saltarem desordenadamente pela boca com os melodramas Erwartung e Pierrot Lunaire através de dissonâncias atonais que nada tinham a ver com a linear e doce harmonia do romantismo.

Ao iniciar-se a década de 20, Schönberg parte para outro extremo. Distante da emocionalidade do expressionismo, desenvolve um projeto racional de controle da sonoridade baseado na inexistência do acaso, no construtivismo absoluto e geométrico.

A partir das cinco ‘Peças para Piano op.23’ filtra os 12 sons da escala dos conteúdos que havia assimilado ao longo dos séculos criando um novo idioma composicional, o dodecafonismo.

(....)"

Sons e/ou não sons são como palavras ditas e/ou não ditas, símbolos culturais produzidos e/ou em produção, cuja recepção e interpretação é condicionada por corresponderem e/ou não ao consciente e/ou inconsciente do(a) Ouvinte/Leitor(a). Nesse contexto, a expressão musical dodecafônica se revela como o relato psicológico de um sonho e/ou pesadelo, no qual o(a) Paciente escreve/fala e/ou deixa de escrever/falar símbolos culturais que foram, são e/ou serão significativos para sua personalidade.

Sinceramente,

 

Carlos Perin Filho


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