MARK BUCHANAN, O Padrão Invisível,
PER BAK e Você Cidadania

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MARK BUCHANAN, em artigo originalmente publicado no ‘The Independent’ ora em tradução de LUIZ ROBERTO MENDER GONÇALVES, publicado no caderno mais! (Folha de S. Paulo, 28.01.2001), sob o título "O Padrão Invisível", oferece uma interessante relação entre acontecimentos do ser (mundo físico natural) e do dever ser (mundo cultural humano). O artigo é uma adaptação do livro de MARK BUCHANAN, sob o título ‘UBIQUITY’ (Ubiquidade, Weidenfeld & Nicolson, Londres - pode ser encomendado, em SP, à livraria Cultura - tel. 0/xx/11/285-4033 e, no Rio, à livraria Marcabru - tel. 0/xx/21/294-5994).

O destaque vai para os parágrafos finais, relativos à clara e precisa Matemática, in verbis:

"(....)

A matemática das modificações Por isso as idéias que delineei aqui podem conter o início de uma abordagem matemática das mudanças culturais e históricas. Mas você pode bem perguntar: ‘E para que nos serve isso?’.

No mundo antigo, as pessoas geralmente atribuíam grandes eventos à ação dos deuses. Hoje ainda ficamos chocados com as guerras e as revoluções, apesar de as enfrentarmos sem os confortos metafísicos que eram permitidos aos antigos por sua crença nos deuses. Sabemos que a história é feita por indivíduos agindo como indivíduos, que o potencial tanto para a guerra como para a paz vive em cada pessoa e que, de certa forma, no misterioso oceano da atividade individual grandes maremotos frequentemente se erguem e nos assolam.

Ninguém se sentirá mais seguro ou feliz ao perceber que essas ondas talvez sejam inevitáveis. Mas pelo menos é um passo em direção a uma maior compreensão admitir que o rumo tumultuoso da humanidade não precisa ser o produto de uma profunda loucura humana maligna, mas da natureza humana comum e da simples matemática.

Em ‘Guerra e Paz’, Tolstói perguntou: ‘Por que acontecem as guerras e revoluções?’. Talvez não seja demais supor que o que os cientistas estão aprendendo à sua própria maneira, com sua tendência à supersimplificação e à abstração, um dia talvez permita que os historiadores melhorem sua resposta: ‘Não sabemos. Só sabemos que para produzir uma ou a outra os homens se formam em certa combinação de que todos participamos; e dizemos que essa é a natureza dos homens, que essa é a lei’."

PER BAK, na mesma mídia, por tradução de PAULO MIGLIACCI, comenta o modo diferente de ver o mundo, oferecido pela ‘ubiquity’, com destaque para os parágrafos finais, in verbis:

"(....)

Resenha interessada Devo admitir agora que não sou o resenhista de livro desinteressado e não envolvido emocionalmente ao qual vocês podem estar acostumados. Estive pesadamente envolvido com a descoberta, em 1987. Tendo em mente desastres passados na literatura científica popular, foi com um tremor nas mãos que apanhei o livro e comecei a lê-lo. Será que Buchanam entende a teoria corretamente? Ele compreende como isso poderia mudar a maneira pela qual encaramos o mundo? Ele consegue trazer vida à excitação da descoberta e às subsequentes aplicações dela a uma multidão de disciplinas que em geral eram vistas como distantes da física teórica?

Ele consegue. Este é o livro que eu gostaria de ter escrito. Terminei com aquele sentimento caloroso e agradável de que de fato há alguém escutando e capaz de comunicar uma nova maneira de pensar sem comprometer a integridade científica. Buchanam se sai bem onde outros fracassam. A maior parte dos livros sobre a complexidade simplesmente patinam de tópico a tópico e deixam de enfatizar - ou nem sequer compreendem - que estamos lidando com um novo conjunto de idéias fundamentais.

‘Sem as idéias centrais que embassam a ubiqüidade, a empreitada da ciência em si estaria condenada’, diz James Crutchfield, físico do Instituto Santa Fé. De fato, sem a ubiqüidade, a ciência degeneraria em mera coleção de selos."

Pergunta: O que Você Cidadania tem com a ‘ubiqüidade’?

Resposta: Tudo!;-) ... Só falta saber o que significa ..., in verbis:

"ubiqüidade. S. f. Propriedade ou estado de ubíquo ou onipresente; ubiquação, onipresença.

ubíquo. Adj. Que está ao mesmo tempo em toda a parte; onipresente."

(In: NOVO DICIONÁRIO BÁSICO DA LÍNGUA PORTUGUESA FOLHA / AURÉLIO - AURÉLIO BUARQUE DE HOLANDA FERREIRA, Folha de S. Paulo & Nova Fronteira, 1988, p. 656)

Claro que a ‘agenda’(E.T.*) de Você Cidadania não comporta os ubíquos desfiles inoportunos e inconvenientes das nulidades da Administração Pública, requerendo mais e melhores Ações Populares, como faz o Cidadão, que também é Advogado, pois viver é fazer a energia no espaço valer o tempo da paraconsistência existencial humana de ser e dever ser: é uma Arte.

Sinceramente,

 

Carlos Perin Filho

E.T1).:

(*) Sobre uma hipotética ‘agenda’ de Você Cidadania, conferir MÔNICA BERGAMO in Folha ILUSTRADA de 29.01.2001, p. E-2, com registro visual de um modo diferente de ver o mundo (...' watch the wheels as they spin in your mind'..., ver E.T.2), por SERGIO LIMA/FOLHA IMAGEM, in verbis:

"FASHION WEEK

Diário da moda

Gisele Bündchen não deve mesmo dar as caras na São Paulo Fashion Week, que começa na quarta. É que as grifes interessadas no requebro da moça acharam meio caro o cachê de U$$ 50 mil que ela pediu por quatro entradas num desfile.

Ä

A empresária de Gisele, Mônica Monteiro, nega que o problema tenha sido o vil metal. Garante que a modelo estava com a agenda lotada. Só isso.

(....)"

 

E.T.:2) A sugestão paraconsistente para Você Cidadania relaxar da sua agenda congestionada por nulidades administrativas da Administração Pública é re-ouvir a doce LIMA da MARINA cantar  IT'S NOT ENOUGH, em parceria com PAT McDONALD & REED VERTELNEY, in verbis:

"It's not enough
To hold the world in my arms for the night
I'd have nothing
No reason to write

It's not enough
To hold the key to the stars and the heavens
If heaven is just a place
In space

All of these plans I have made
And lands I've laid to waste
These crazy dangers
I've been all too willing to face
When love was all I ever wanted...

It's not enough
To watch the wheels as they spin in your mind
I'm blind
If I can't see the heaven
In your eyes"

(In O CHAMADO, CD da EMI, produzido na Zona Franca de Manaus)


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