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Projeto Artístico e Cultural da
França, Educação e Você Cidadania |
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MARCELO REZENDE, de Paris, informa no
jornal Gazeta Mercantil de 22/23/24/25/12/2000, p. 3 do Caderno de Fim de Semana, que o
ministro da Educação da França, JACK LANG, acaba de anunciar um Projeto Artístico e
Cultural para aquela Nação Amiga, com destaque para os seguintes parágrafos, in
verbis:
"No dia 14 de dezembro, Jack Lang, ministro da Educação da
França e um dos mais controvertidos políticos das últimas décadas, anunciou uma de
suas principais estratégias para a reforma e a recuperação do ensino. A resposta para
grande parte dos problemas, acreditam ele e também Catherine Tasca, ministra da Cultura,
está na arte. Assim, em 2001 serão gastos US$ 36 milhões a fim de dar uma
formação artística e cultural a todos os níveis de classes e tipos de escolas
francesas.
(....)
Mas para tudo poder se concretizar existe um fator primordial que serve
como o melhor argumento para os críticos dos PACs: o fato de que o Estado precisará, em
regime de urgência, favorecer a formação dos professores. O Ministério da Educação
parece necessitar de um tipo de profissional que ainda não existe. Alguém com capacidade
para dar conta de vários domínios e com tempo disponível para isso.
(....)"
Pergunta: O que Você Cidadania tem com isso? Se Você Cidadania vive
na Nação Amiga a relação é íntima, se vive em outra(s) daquela(s) a relação pode
ser intensa, como ensinam MARIA LÚCIA DE ARRUDA ARANHA e MARIA HELENA PIRES MARTINS, in
verbis:
"2. A educação em arte
A educação em arte só pode propor um caminho: o da convivência
com as obras de arte. Aquelas que estão assim rotuladas em museus e galerias, as que
estão em praças públicas, as que estão em bancos, em repartições do governo, nas
casas de amigos e conhecidos. Também aquelas, anônimas, que encontramos às vezes numa
vitrina, numa feira, nas mãos de um artesão. As que estão em alguns cinemas, teatros,
na televisão e no rádio. As que estão nas ruas: certos edifícios, casas, jardins,
túmulos. Passamos por muitas delas, todos os dias, sem vê-las. Por isso, é preciso uma
determinada intenção de procurá-las, de percebê-las.
(....)"
(In: FILOSOFANDO - INTRODUÇÃO À FILOSOFIA, www.moderna.com.br - 2000, 2ª ed., p. 347)
No Brasil um projeto cultural semelhante pode ser planejado e executado,
com as paraconsistentes adaptações orçamentárias para a merenda escolar, visando a
sobrevivência dos(as) Estudantes que vivem abaixo do número de calorias recomendado pela
Organização Mundial de Saúde, e com a utilização de Artistas de verdade, treinados
para dar aulas sob a coordenação e supervisão dos(as) professores(as) ainda existentes
e sobreviventes na rede pública de ensino, que provam diariamente aquela constatação
pueril do Cidadão(*), quando dos espetáculos circenses de sua tenra infância: viver é
fazer a energia no espaço valer o tempo do paradoxo existencial humano de ser e dever
ser: é uma Arte.
Sinceramente,
Carlos Perin Filho
E.T.: O Cidadão estudou em escolas públicas durante todo o seu aprendizado terráqueo
(degustando a 'francesa merenda escolar'), entre uma greve e outra dos(as) Queridos(as)
'Artistas' Professores(as), inclusive Universitários (USP).
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