PASQUALE CIPRO NETO, em artigo publicado
no jornal www.folha.com.br de 19/10/2000, p. C-2,
sob o título "O cinto, a causa e a conseqüência", aborda a questão lógica
que envolve a linguagem dos Seres Humanos, que por vezes invertem as causas por seus
efeitos. Do artigo citado os seguintes parágrafos são destacados, in verbis:
"(....)
Como se sabe, a GM chamou os proprietários do modelo Corsa para que
troquem uma peça de fixação do cinto de segurança. A fábrica informa que o sistema
pode falhar. Essa falha, é claro, pode gerar ferimentos e mortes.
Muito bem. O que é causa de quê? Os acidentes ocorrem porque o
sistema é falho? Ou, no caso de acidentes, as mortes e os ferimentos podem ocorrer porque
o sistema é falho? De novo, parece que não preciso explicar. Você certamente já
percebeu que o redator foi longe no equívoco.
É justamente nesse ponto que está o principal problema das redações
dos candidatos a uma vaga em universidades ou empresas.
Por sinal, é cada vez maior o número de empresas que adotam a prova
de texto em seus processos de seleção, independentemente do cargo a ser preenchido.
O objetivo disso é ir além da mera verificação de conhecimento
gramatical. Quem pensa mal cria relações falsas, distorce os fatos, a realidade etc. É
isso."
Pergunta: O que Tostines®, o delicioso biscoito, tem a ver com isso?
Resposta: Aparentemente nada, mas tem uma pergunta bem divertida em uma
genial obra publicitária para ilustrar e divertir este hipertexto, in verbis:
"Tostines vende mais porque é fresquinho
ou é fresquinho porque vende mais?"
Pergunta: O que a Filosofia tem a ver com isso?
Resposta: A Filosofia tem tudo a ver com isso, pois estuda a Lógica e
a significação de pensamentos por linguagem, em sua denominada Filosofia Analítica, que
trata a linguagem como sua prima, digo sua matéria-prima. Um dos fundadores dela é
GEORGE EDWARD MOORE, que influenciou RESSELL e WITTGENSTEIN(*)
A questão básica em Lógica é tratada como uma falácia(*), ou seja,
um erro de raciocínio.
As falácias referidas por PASQUALE CIPRO NETO são denominadas de
ciclos viciosos(*), pois referem-se à suas bases de raciocínios para
justificar suas conclusões, ou ainda, de petições de princípios(*), pois
adotam por verdadeiras um pólo da questão em debate.
Pergunta: Como fazer para superar o senso comum das falácias e atingir
o bom senso da análise das causas e efeitos, inclusive possíveis e reais inversões de
causalidades?
Resposta: As Ações Populares das séries Tabagismo e o Direito e
Alcoolismo e o Direito são exemplos analíticos das falácias referidas, e as inversões
de causalidade estão presentes em diversas outras Ações Populares, como da
Biossegurança e da FIA. Vale referir que, para fazer um striptease da
petição de princípio e/ou o ciclo vicioso, as petições fazem
referência à algo como ......o Cidadão entende
que...blá...blá...blá......., que são as opiniões bio-psicológicas e
ético-filosóficas de um Ser Humano em performance de fato e de direito para o tecido
social coletivo de Você Cidadania. Tais situações de fato e de direito também estão
presentes nas sentenças hipotéticas formuladas em diversas Apelações. Não é
feitiçaria, é Filosofia!;-)
A paraconsistente pergunta que fica no ar para seu striptease
é...: O Cidadão pede mais e melhor administrativa e/ou judicialmente para Você
Cidadania porque é Advogado ou é Advogado porque pede mais e melhor administrativa e/ou
judicialmente para Você Cidadania?
Sinceramente,
Carlos Perin Filho
E.T.:
Você está sempre bela e fresquinha porque é Cidadania ou é Cidadania porque está
sempre bela e fresquinha?!;-)
(*) conferir verbetes de SIMON BLACKBURN, sob consultoria de DANILO MARCONDES, no
DICIONÁRIO OXFORD DE FILOSOFIA, da www.zahar,com.br
- 1997.
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