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JOSÉ RENATO NALINI, Juiz Cidadão
e Você Cidadania |
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JOSÉ RENATO NALINI, , em artigo publicado
em tendências/debates do jornal Folha de S. Paulo de 21/09/2000, p. A-3, sob o título
"Juiz cidadão", analisa recentes performances jurisdicionais em outros países,
como Itália, França e Espanha, para Você Cidadania, in verbis:
"O fenômeno do protagonismo dos juízes tem sido constatado em
várias democracias modernas - com destaque para Itália, França e Espanha, para
mencionar apenas os Estados de sistema romano-germânico. O natural imobilismo do
julgador, atrelado a uma interpretação acanhada do princípio processual da inércia,
foi substituído por um desempenho ativo e gerador de perplexidades.
(....)
Sintoma promissor do novo Judiciário vem sendo a disposição de não
se furtar a um debate franco sobre as grandes questões nacionais, com prioridade para
aquelas que interferem diretamente no exercício funcional. A função judicial não pode
privar o ser humano do saudável compromisso de contribuir para o aperfeiçoamento
institucional. O juiz integra um dos Poderes da República, mas nem por isso declina de
ser cidadão. E, mais do que o direito a ter direitos, a cidadania impõe deveres."
Pergunta: O que Você Cidadania brasileira tem com o Juiz Cidadão?
Resposta: A resposta fica por conta de PIERO CALAMANDREI, in verbis:
"Gosto do juiz que, enquanto falo, me olha nos olhos: ele me dá a
honra de procurar assim, no meu olhar, para além das palavras que podem ser apenas um
hábil jogo dialético, a luz de uma consciência convencida.
Gosto do juiz que, enquanto falo, me interrompe: falo para lhe ser
útil, e quando ele, ao me convidar a calar, adverte-me de que a continuação do meu
discurso o entediaria, reconhece que até aquele momento não o entediei.
Talvez gosto (talvez um pouco menos) do juiz que, enquanto falo,
adormece: o sono é o meio mais discreto que o juiz pode adotar para sair na ponta dos
pés, sem fazer barulho, deixando-me, quando meu discurso não lhe interessa mais,
discorrer à vontade só para mim." (In: ELES, OS JUÍZES, VISTOS POR UM ADVOGADO,
tradução de EDUARDO BRANDÃO, - www.martinsfontes.com
- p. 112)
Para Você que acompanha desde 1997 a performance do Cidadão, que
também é Advogado, tais palavras não são novidade. Assim acontece por ocasião das
hipotéticas sentenças em diversas Apelações nas Ações Populares para Você
Cidadania, pois o Direito não vive sem Você, e vice-versa, ao ser o seu dever.
Parabéns (a)os Magistrados(as) Cidad(ã)os!;-)
Sinceramente,
Carlos Perin Filho
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