MICHAEL BROOKS, da "New
Scientist", em artigo "Internet - nasce o supercérebro global" publicado
no caderno mais! do jornal Folha de São Paulo de 02/06/2000, pgs. 26/8, reporta o
trabalho de diversos cientistas em inteligência artificial, com destaque para FRANCIS
HEYLINGHEN, pesquisador de inteligência artificial na Universidade Livre de Bruxelas,
Bélgica, JOHAN BOLLEN, pesquisador do projeto Sistemas de Conhecimentos Distribuídos, do
Laboratório Nacional de Los Alamos, Novo México (EUA).
A idéia básica é uma versão sofisticada daquele velho ditado
popular... "a união faz a força....", pois um grupo de cérebros funcionando
geralmente proporciona melhores resultados que um único cérebro, com as naturais e
geniais exceções...
Um exemplo de um dos instrumentos de programação que permitem aquela
"união" é referido a seguir, in verbis:
"...
Biscoitos espertos Apesar de as implicações do servidor de
Bollen serem de grande alcance, seu mecanismo é suficientemente simples. Ele identifica
cada usuário descarregando pequenas seqüências de dados chamadas "cookies"
(biscoitos) para o disco rígido. Ao mesmo tempo, grava as rotas de cada usuário ao
percorrer o site. Quando ele retorna, o servidor verifica se há "cookies"
indicando que ele já esteve navegando por lá. Em caso positivo, o servidor apresenta
páginas que o usuário poderia querer ver. Também ajusta sua estrutura - o padrão de
hiperlinks - para agradar o usuário.
Além de fortalecer e enfraquecer links, ele cria novos links usando um
processo que Heylighen chama de "transitividade". Quando um usuário se move de
A para B e então para C, por exemplo, o servidor vai inferir que C é provavelmente
relevante para A e criará um link direto entre eles. Ou seja, ele encontra atalhos.
..." (p. 27)
A discussão sobre o papel de Seres Humanos no cérebro global faz um
paralelo interessante com o filme THE MATRIX, por registro visual de divulgação em fls.
26, no qual "Um rebelde monitora o complexo sistema eletrônico que mantém toda a
humanidade presa em um ambiente de realidade virtual no filme Matrix". Os
Seres Humanos alimentariam o cérebro global com suas informações, assim como
cinematograficamente alimentam THE MATRIX não com "biscoitos", mas com a
energia elétrica gerada por seus organismos biológicos.
Pergunta: O que Você Cidadania tem com o cérebro global?
Resposta: Tudo! Você Cidadania tem o "calor humano"!:-)
Pergunta: Como fazer para economizar energia - "calor humano"
- e aumentar a produtividade do cérebro global?
Resposta: Desenvolver o processo de criação de links, a partir do(a)
Usuário(a), não apenas do Servidor, pois este operará apenas uma amostra básica do(s)
paradigma(s) de inferência(s) do(a) Usuário(a).
Em poucas e outras palavras, um bom exemplo vale mais que mil delas.
No sistema exemplificado supra, "Quando um usuário se move de A
para B e então para C, por exemplo, o servidor vai inferir que C é provavelmente
relevante para A e criará um link direto entre eles. Ou seja, ele encontra atalhos."
Tal padrão operacional é de lógica tradicional (A = B = C, logo C = A), porém não
corresponde completamente ao dia a dia de Você Cidadania, que opera em lógica
paraconsistente (cf. Da Costa, Newton C. A. , LÓGICA PARACONSISTENTE APLICADA, Atlas,
1999, ISBN 85-224-2218-4), a procura também de diferenças, não apenas de igualdades.
Assim caminha a Humanidade, a procurar entender coisas animadas como
meio para conhecer a si mesma, como as fibras, estilos e fiações do Morumbi Fashion
Brasil, a desfilar em corpo e alma de suas Matrizes.
Sinceramente,
Carlos Perin Filho
E.T.:
A "brecha" é parte da rede!:-)
The "bug" is part of the net!:-)
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