PAULA LAGO, em matéria sob manchete
"Elaborar plano aumenta chance de sucesso", publicada no caderno EMPREGOS do
jornal Folha de S. Paulo, 06/08/2000, p. 2, resume em dez mandamentos as dicas de
planejamento profissional, in verbis:
"O PLANEJAMENTO EM DEZ LIÇÕES
Tenha em mente que sua carreira está sob sua responsabilidade, não da
empresa
Decida quais serão seus objetivos a curto (1 ano), médio (5 anos) e
longo (10 anos) prazos
Não pense só na parte financeira. Estabeleça metas de conhecimento
(em quais áreas você vai investir em aperfeiçoamento em um determinado espaço de
tempo)
Analise todos os seus passos profissionais dados até agora para saber
quais pontos exigem maior atenção
Preocupe-se com as etapas que farão com que você alcance os
resultados
Além de selecionar empresas e áreas, tente criar empatia com o chefe
já durante as entrevistas. Ele terá um papel importante no seu desenvolvimento
Sua vida profissional influencia a pessoal: planeje as duas
Seja flexível o bastante a fim de conseguir adaptar seus planos à
realidade do mercado, especialmente os de longo prazo
Tenha muita disciplina para cumprir todos os passos que tiver
estabelecido
Sempre que tiver alcançado uma meta, faça um novo currículo. Não
para procurar um emprego, mas para visualizar melhor sua carreira e traçar novos
objetivos
Fonte: consultores"
A Associação dos Administradores de Pessoal - www.aapsa.com.br - em seu Espaço RH AAPSA, publicado
na p. 20 da mesma mídia supra citada, em artigo sob o título "Competência: Insumos
para Repensar a Gestão de Pessoas", aborda a uma outra ótica do fenômeno laboral,
debatida por ocasião do segundo dia da Jornada AAPSA - 25/26/07/2000 - sobre a gestão de
pessoas por competências, com destaque para os seguintes parágrafos, in verbis:
"(....)
Educação Corporativa
Após a apresentação, os participantes do evento criaram grupos de
discussão. Cada um dos grupos debateu assuntos relacionados à gestão por competências,
e puderam trocar experiências e reflexões sobre o tema.
Uma das questões colocadas em debate foi a Educação Corporativa,
responsável pela transformação das pessoas, na opinião dos participantes do grupo. De
acordo com eles, não existe um modelo específico para ser implantado, mas algumas
diretrizes devem ser seguidas: o respeito à especificidade da empresa; a customização;
o envolvimento do corpo gerencial, não só do profissional de recursos humanos, o
equilíbrio para o programa do público interno/externo; comunicação de como funciona
este sistema e a medição de resultados para ver se este sistema desenvolve competência
e competitividade.
O principal desafio é superar a mentalidade empresarial que não
enxerga a educação como um fator de competitividade.
Ainda prevalece a idéia de que as pessoas devem se responsabilizar
pelo auto-desenvolvimento, tirando a responsabilidade da empresa que deve assumir neste
novo sistema o papel de formadora.
(....)"
Interessante notar a aparente contradição entre as dicas de
planejamento profissional colhidas por PAULA LAGO das consultorias, e a abordagem de
educação corporativa da AAPSA. A primeira concentra a tomada de decisão e ação quanto
ao desenvolvimento profissional no indivíduo, enquanto a segunda faz o mesmo em relação
à empresa.
Pergunta: Como conciliar as duas posições?
Resposta: As posições aparentemente antagônicas devem ser entendidas
de formas complementares, pois os interesses das empresas são próprios das empresas, e
os interesses das pessoas humanas são próprios das pessoas humanas. Assim, o
desenvolvimento profissional do indivíduo e o desenvolvimento empresarial das
corporações estarão em sinergia se e enquanto corresponderem à satisfação de
interesses comuns, em evolução natural de ser o seu dever ser, sendo diferentes por
definição.
Em poucas e outras palavras um bom exemplo vale mais que mil delas.
Conforme matéria reportada pela Mídia de Massa via TV, Empresas de
Construção Civil em São Paulo promovem cursos de alfabetização de funcionários no
canteiro de obras, com ganho para Todos(as), pois Seres Humanos que sabem ler e escrever
podem viver mais e melhor no planeta Terra, aumentando também a sua empregabilidade(*).
Sinceramente,
Carlos Perin Filho
(*) Empregabilidade é a capacidade de expandir as alternativas de
obter trabalho e remuneração sem a preocupação de trabalhar com vínculos
empregatícios (cf. THOMAS A. CASE, SILVANA CASE, CLAUDIR FRANCIATTO in
EMPREGABILIDADE - MAKRON BOOKS, 1997, p. X - www.catho.com.br
- !;-)
E.T.: Funcionários(as) Públicos(as) também são Seres Humanos e a
Administração Pública também guarda muitas características "corporativas",
bastando adaptar, mutatis mutandis, as considerações supra hipertextualizadas,
pois o Plano de Desligamento Voluntário do Governo Federal na República Federativa do
Brasil não atingiu seus objetivos iniciais de redução da "mão-de-obra" em
seus "canteiros", restando para Cidadania pagar vencimentos e não receber bens
e/ou serviços públicos. Sugestão para Você Funcionário(a) Público(a) Sem Utilidade:
O primeiro passo é cantar com o Cidadão, que também é Advogado, a música
"INÚTIL" de ROGER ROCHA MOREIRA & WARNER CHAPPEL - www.ultraje.com e/ou
www.ultraje.com.br - o segundo passo
é reciclar sua mão-de-obra para o setor privado, pois o Brasil quer Você em performance
total de corpo e alma, não na "meia boca"!;-)
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